Um médico francês que acaba de voltar de Benghazi (leste da Líbia) estimou nesta quarta-feira que os confrontos na cidade fizeram "mais de 2.000 mortos". Uma de suas colegas disse à AFP ter recebido, no hospital em que trabalhavam, na cidade, dezenas de feridos, entre quinta-feira e domingo.
"Benghazi foi atacada na quinta-feira. Nossas ambulâncias contaram, no primeiro dia, 75 mortos; no segundo, 200; em seguida mais de 500", afirmou Gérard Buffet, médico durante um ano e meio do Benghazi Medical Center, em depoimento.
"No total, acho que houve mais de 2.000 mortos" em Benghazi, segunda cidade do país e epicentro do movimento contra Kadhafi lançado no dia 15 de fevereiro, afirmou o médico.
Uma de suas colegas, diretora do grupo de enfermagem no mesmo hospital, Patricia Vignetta, viu chegar dezenas de feridos e mortos vítimas de disparos, entre quinta-feira e domingo.
"Na noite de quinta-feira, começamos a ouvir os tiros e a receber pacientes feridos", explicou Vignetta, 58 ans, rapatriada para a França na manhã desta quarta-feira depois de ter passado mais de um ano em Benghazi.
Antes de deixar a cidade, "no aeroporto de Benghazi, vimos militares, mas com uniformes diferentes, pelo que deduzimos que seriam mercenários".
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